quinta-feira, 5 de maio de 2011

Para ela

E sou somente para ela
Sempre fui
Mesmo antes de saber
Mesmo antes dela me ter

São para ela todos meus beijos
Todos os meus desejos
Meus pensamento ao levantar
Minhas preces ao deitar

À ela que faz amada
Que me faz realizada
À ela, minha amada

quinta-feira, 31 de março de 2011

Ser ou não ser...

Ontem minha namorada me mostrou um post interessante. Eu já conhecia o blog, aliás fui que que mostrei a ela, mas enfim isso não vem ao caso. O interessante da nossa conversa foi o tema do post: lésbicas e profissões. Eu sou formada em moda (design), fiz um ano de jornalismo e quero fazer letras. Eu sei que o que você deve estar pensando nesse exato momento: INDECISA!!
Mas ao contrário da lógica, nem me acho indecisa não, apenas me considero aberta à oportunidades, se não está dando certo certo em uma profissão e você tem outras opções porquê não tentar?
Anyway, pensei a respeito do post e da minhas escolha. Fazer moda pra mim foi interessante, mas eu já sabia que não iria ser minha profissão forever. O fato é que eu entrei, convivi com pessoas de cabeça mais aberta e aprendi muito com elas. Tirei preconceitos bobos sobre várias coisas da minha cabeça e me transformei. O post do blog serviu para eu lembrar isso. Não que antes da facu eu sonhasse em casar, ter filhos e amar um homem por toda minha vida. Eu sonhava com o amor e ponto.
Depois da facu confesso que mudei, vivi várias coisas, aprendi várias coisas, conheci várias pessoas e transformei meu modo de pensar sobre o mundo.
A moda não foi o fator determinante para eu ser quem sou hoje, mas se não fosse por ela, talvez eu não estivesse tão bem como estou hoje.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Blog + frase-presente

Sim eu namoro uma menina, não sei se já deu para perceber pelo texto OPÇÃO e pela própria opção do nome do blog: Fake Jenny.
Para quem não sabe, Jenny é uma personagem da série lésbica The L Word, um dos grandes sucessos da warner channel. Que, infelizmente, já chegou ao fim na sua sexta temporada há um tempo atrás.
Esclarecendo um pouco sobre o blog: eu me vejo em uma enorme necessidade de escrever, sempre, em todo lugar e sobre qualquer coisa. Sempre gostei de diários, agendas, cadernos, folhas, word, bloco de notas, blogs, etc. Desde o ano de 2009, me descobri lésbica. Isso mesmo: descobri. Não optei como várias pessoas podem pensar, nem tão pouco resolvi experimentar algo diferente só para variar um pouco, como muitos também podem pensar. Eu simplesmente descobri. Na realidade eu simplesmente me apaixonei.
Então, voltando para o blog, resolvi me esconder atrás do fake da Jenny, minha personagem preferida que na série é uma escritora, para contar sobre a minha história depois da minha descoberta.
Explicado o nome e o motivo do blog, passo para a segunda parte do post: a frase que ganhei de presente de uma amiga. A frase não é dela, não foi ela que escreveu, mas ela leu e achou parecida comigo e minha namorada, então ela me deu. AMEI!!!!

"Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro.(...)"(Rubem Alves)

Já não mais…

Fingir. Demonstrar algo que você não é ou não está sentindo. Podemos fingir tudo o que queremos. Pintamos cabelos para fingir que somos loiras, ruivas ou morenas; nos endividamos comprando roupas de grife para fingir um status que nem temos; fingimos que gostamos de um presente quando na verdade nem entendemos porque diabos aquela pessoas nos deu aquilo; fingimos gostar de algumas carícias e toques para gardar a pessoa amada na hora do sexo; fingimos.
Atuamos tão bem que por diversar vezes acreditamos no nosso próprio fingimento, na nossa própria mentira contada repetidamente para os outros e principalmente para nós. Negamos sentimentos para não mostrar fragilidade e nem receber a piedade de ninguém. Orgulho.
E eu fingi emoções para agradar pessoas. Fingi, e talvez até mesmo acreditei, idéias que não eram minhas, verdades e valores que não eram meus. Fingi sorrisos quando quis chorar, fingi lágrimas quando não havia motivo para derramá-las. Fingi abraços, carinhos, beijos…Quando não tinha a menor intenção de dá-los. E para que? Para viver aparentemente na harmonia social que temos que criar uns com os outros? Para não burlar regras que foram impostas sem nem ao menos consultar a minha real vontade? Para que?
Fingir já não me faz mais bem, talvez nunca tenha me feito, eu só fingi que estava em paz e que a vida teria que ser assim. Aceitação. Dúvida. Confusão. E ao contrário de fingir decidi demonstrar. Mostrar o que de fato acontece. Deixar transparecer a minha verdadeira identidade já não mais fingida e ocultada. Sou o muito e o nada. Sou várias. De verdade.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Opção?

Eu quero tudo, sempre quis.
Sabe quando se quer tudo ao mesmo tempo?
Quando a gente acha que a vida é curta demais, ou que o tempo é muito longo para fazer somente uma coisa, para se fazer somente uma escolha?
Eu vivo com isso.
Não acredito muito que tenho que escolher entre dois caminhos, eu sempre tento conciliar aquilo que quero. É assim com objetos, comidas, desejos, lugares e pessoas.
Certo que não posso estar em dois lugares ao mesmo tempo, mas quem disse que tenho que escolher entre os dois? Acho que por isso não sou muito boa com escolhas, tipo fazer isso e não fazer aquilo. Talvez por isso demorei ou não percebi para ver realmente quem eu sou e do que realmente eu gosto.